Theatro Net será sacudido pelo show Margem da cantora Adriana Calcanhotto
Depois do semestre de aulas em Coimbra e do lançamento do álbum Margem em Portugal e no Brasil, Adriana Calcanhotto estreia a nova tour e mais uma vez, vem se dar ao mar como imagem.
No dia 05 de Outubro, Sábado, o Theatro NET São Paulo receberá o espetáculo do álbum Margem, cuja direção é assinada por Adriana Calcanhotto. A banda que a acompanha é formada pelos mesmos músicos que tocaram e co-produziram com ela o seu mais recente trabalho de estúdio, Rafael Rocha (mpc, bateria, percussão, Handsonic, assovio), Bruno Di Lullo (baixo e sunth) e Bem Gil (guitarra e synth), os dois últimos estiveram com Calcanhotto na turnê A Mulher do Pau Brasil que rodou o Brasil no segundo semestre de 2018.
"Eles são compositores, são parceiros, são amigos, tocam na mesma banda, me ajudaram a produzir o disco, são gatos, como não os levaria pela estrada a fora?", derrete-se a artista.
O repertório do novo show tem como esqueleto as canções do novo álbum, Margem, resgata músicas de Maritmo e Maré, os outros dois discos da trilogia marinha (como "Mais Feliz", "Vambora", "Quem vem pra beira do mar"), além de sucessos da carreira de Adriana, como "Esquadros" e "Maresia" canções arranjadas especialmente para o espetáculo, como "Futuros Amantes", de Chico Buarque, de 1993, que a cantora gravou como faixa exclusiva para a versão japonesa do álbum Margem.
"Canção irmã de 'Os Ilheus', apontam as duas para muito tempo depois de nossa civilização, e apostam as duas no amor e na virtude como humanidades sobreviventes aos tempos. Não saberemos. As duas canções irmãs só se encontram no palco (e no disco japonês) e em sequência. É dos momentos mais fortes do show, pra mim, no sentido do quanto uma canção pode exigir de nós em termos da nossa capacidade de rendição à beleza. Será que um dia Copacabana será a nova Atlântida? Chico Buarque é quem sabe", especula Calcanhotto.
"No primeiro ensaio olhei para a banda e falei 'vamos fazer um luau'. Esse foi o primeiro sentimento. Luaus dependem da força do vento, do tempo que ele sopra numa só direção, da maré, e esse show é assim; completamente dependente do mar. Com os ensaios porém, fui percebendo que o emaranhado de textos do roteiro, que tem muitos ecos e referências literárias, foi se superpondo à ideia do luau, que é a princípio menos complexo. Os arquétipos marinhos foram dando as caras, a meu ver em função da sonoridade que alcançamos tocando juntos tanto tempo depois das gravações do disco. O som do show não quis ser o som do disco, o universo", conta a compositora.
Classificação Indicativa: Livre
Duração: 70 minutos
Para mais informações e compra de ingressos acesse Sympla
Teatro Claro São Paulo, Rua Olimpíadas, 360, 5ª andar, Vila Olímpia - São Paulo, SP
a partir de R$ 40,00
Outubro
Por Mateus Diniz Omena
30/08/2019