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    BMW organiza festival e Jazz no Auditório Ibirapuera

    Auditório Ibirapuera recebe BMW Jazz Festival

    Por Assessoria de Imprensa BMW Group Brasil | 15 de Maio 2011


    De 10 a 12 de junho, a primeira edição do evento receberá no Auditório Ibirapuera dez atrações, de gerações e estilos distintos do jazz (e suas variações), todas em plena produtividade. A realização do festival era um sonho antigo da filial brasileira da montadora alemã. Para torná-lo realidade, o diretor presidente do BMW Group Brasil, Henning Dornbusch, entregou a direção artística e produção do evento à Dueto Produções, da produtora e cineasta Monique Gardenberg, responsável pela concepção dos extintos Free Jazz e Tim Festival. Ela, por sua vez, se cercou de seu antigo time de colaboradores/curadores: o jornalista Zuza Homem de Mello, o músico e produtor musical Zé Nogueira e o produtor musical Pedro Albuquerque.

    PROGRAMAÇÃO

    Na primeira noite, batizada pelos curadores de ‘Sax Reunion’, três grandes saxofonistas tenores americanos, surgidos em décadas diferentes (60, 70 e 90), se apresentam pela primeira vez no mesmo palco. O veterano Wayne Shorter, músico lendário que fez parte da banda de Miles Davis e considerado por muitos o maior compositor vivo do jazz, vem com o seu quarteto, formado por alguns dos melhores instrumentistas da atualidade: Danilo Perez, no piano, John Patitucci, no baixo, e Terri Lyne Carrington, na bateria. Dez anos mais jovem do que Shorter, Billy Harper apresenta com o seu quinteto um jazz temperado pelas raízes blues e gospel, assimiladas em sua infância no Texas. O premiado californiano Joshua Redman, filho do lendário músico Dewey Redman e o mais jovem das três atrações, vai mostrar por que é tido como um dos mais importantes artistas do gênero surgidos na década de 90.

    A noite ‘Roots’, no sábado, é reservada a artistas que representam as raízes vinculadas ao jazz: o soul e R&B, a música africana e o gospel. Dona de uma voz poderosa, Sharon Jones é a mais nova diva da black music americana. Descoberta tardiamente, depois de ter trabalhado como guarda penitenciária, ela chega acompanhada de seu grupo, The Dap Kings, que ganhou reconhecimento mundial ao gravar seis das onze faixas de Back to Black, disco de maior sucesso de Amy Winehouse. Fiéis ao autêntico soul e R&B dos EUA, Sharon Jones & The Dap Kings apresentam a turnê de seu quarto disco, I Learned the Hard Way, que chegou ao 15º lugar da parada Top 200 da Billboard e já superou a marca de 150 mil cópias vendidas. Principal representante da música brasileira no line-up do festival, a Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz mistura jazz e ritmos afro-brasileiros, em formato de big band, através de canções originais escritas e arranjadas pelo maestro e saxofonista Letieres Leite. O Zion Harmonizers, mais antigo grupo vocal gospel em atividade nos EUA, completa a seleção. Criado em Nova Orleans, em 1939, o grupo é composto por um coro de vozes acompanhado de instrumentação (baixo, guitarras, teclado, bateria e harpa).

    No domingo, o palco do Auditório Ibirapuera recebe atrações de várias regiões, com abordagens diversas do jazz, para formar a noite ‘Global’, a mais heterogênea do festival. O compositor e baixista americano Marcus Miller promove um tributo a Miles Davis com o celebrado projeto Tutu Revisited, onde faz uma releitura do seminal álbum do trompetista lançado em 1986, Tutu, no qual tocou diversos instrumentos e foi o principal compositor. Entre os maiores contrabaixistas do mundo, o virtuoso francês de origem catalã Renaud Garcia-Fons desembarca de Paris para levar ao palco o show Linea Del Sur, onda mostra sua combinação de jazz, música clássica, flamenco e outros gêneros, presente também em seu recém-lançado disco Mediterranées. O pianista norueguês Tord Gustavsen vem acompanhado de seu trio para apresentar seu jazz com toques de folk escandinavo, blues e música caribenha, que tem despertado grande interesse da mídia especializada.

    DE GRAÇA NO PARQUE

    Com a promessa de ser um dos mais primorosos e completos festivais de jazz de todos os tempos no Brasil, e para incentivar um conhecimento mais profundo sobre o gênero, o BMW JAZZ FESTIVAL não ficará restrito ao palco principal do Auditório Ibirapuera.

    No último dia de festival, serão realizados eventos ao ar livre no parque e na plateia externa do auditório, com entrada franca. A Funk Off Brass Band, banda marcial italiana de sopro e percussão, dá início à festa às 10 da manhã com uma espécie de carnaval fora de época. A banda percorre o parque com a sua fusão de funk, soul, R&B e jazz, embalada por sua mistura de metais, percussão e coreografias mirabolantes. Na parte da tarde, às 17h30, o público ganha de brinde a oportunidade de ver, de graça, o groove de Sharon Jones e seus ‘meninos’, cercados pelo verde do Ibirapuera.

    Para encerrar a programação gratuita, o parque se transformará num grande cinema ao ar livre, com a exibição do documentário ‘Jazz on a Summer's Day’, às 19h. Realizado pelo renomado fotógrafo Bert Stern (autor de registros famosos, como as últimas fotos de Marilyn Monroe e a foto do cartaz de ‘Lolita’, de Stanley Kubrick), o longa-metragem foi seu único filme. Nele, Stern registra sua visão pessoal do Newport Jazz Festival de 1958, buscando criar uma experiência em que a música reflete tanto a expressão do artista quanto a satisfação do ouvinte. O resultado é um tributo ao prazer glorificado por apresentações extraordinárias de Anita O'Day, Mahalia Jackson, Louis Armstrong, Gerry Mulligan, Theloniuos Monk, Chico Hamilton, Dinah Washington e muitos outros.

    WORKSHOPS

    O festival oferecerá a músicos profissionais e amadores workshops ministrados por atrações do evento. No subsolo do auditório, turmas de 70 alunos poderão ampliar seus conhecimentos musicais com Joshua Redman, Renaud Garcia-Fons e Marcus Miller, na sexta, no sábado e no domingo, respectivamente, sempre às 15 horas. As inscrições serão gratuitas, pelo email oficinabmwjazz@auditorioibirapuera.com.br, por ordem de solicitação.

    MAIS SOBRE AS ATRAÇÕES

    Billy Harper Quintet
    Membro de uma geração de saxofonistas tenores influenciados por John Coltrane, Billy Harper é um dos poucos que se alimentou da obra de seu mestre sem simplesmente imitá-la. Músico de extrema habilidade e elegância, consegue se apresentar convincentemente em qualquer contexto do jazz e possui vasto conhecimento harmônico. Dono de uma criatividade extraordinária, sua música se conecta diretamente com suas raízes no gospel e blues. Harper cresceu em Houston, no Texas, onde, aos cinco anos de idade, já cantava na igreja e participava de diversos corais. Aos onze, ganhou de Natal seu primeiro saxofone. De formação autodidata – apesar de ter recebido bastante ajuda de seu tio Earl, um trompetista amador –, durante a adolescência tocou em bandas de R&B e, com 14 anos, formou seu primeiro quarteto de jazz. No início dos anos 1960, ingressou na Universidade de North Texas State, onde estudou teoria musical e foi o primeiro negro a integrar a big band da instituição. Harper se mudou para Nova Iorque em 1966 e rapidamente começou a receber convites para tocar seu sax tenor com grandes nomes do jazz. Com Gil Evans, Max Roach, Thad Jones, Mel Lewis, Lee Morgan, Art Blakey and the Jazz Messengers e o seu próprio grupo, o Billy Harper Quintet, fez shows pela Europa, África, Ásia e Estados Unidos. Com onze discos lançados na carreira, Harper hoje se divide entre as apresentações com o seu quinteto e a vida acadêmica como professor de música na Faculdade de Livingstone e na Universidade de Rutgers.

    Funk Off Brass Band
    A Funk Off Brass Band é uma banda marcial italiana de sopro e percussão, composta por quinze integrantes, liderada pelo maestro Dario Cecchini, que, além de tocar saxofone, compõe e arranja as canções do repertório. O grupo destacou-se na cena musical contemporânea ao apresentar releituras do folk de Nova Orleans e da Itália, numa fusão de funk, soul, jazz e R&B, reverberando a influência da escola de George Clinton, Maceo Parker, James Brown e Frank Zappa. Cecchini e seus séquitos fazem apresentações entusiasmadas, embaladas por coreografias irreverentes. Com participações marcantes nos principais festivais de jazz ao redor do mundo, como o de Vitoria, Montreaux, Londres, Viena e Istambul, a Funk Off lançou em 2010 seu quarto disco, Una Banda Cosi, que sucedeu Jazz On (2007), Little Beat (2004) e Uh Yeah (2001).

    Joshua Redman
    O premiado saxofonista Joshua Redman é um dos mais importantes artistas do jazz a ter surgido nos anos 90. Filho do lendário saxofonista Dewey Redman, começou a tocar o clarinete aos nove anos de idade e, um ano depois, passou a aprender o que viria a ser seu instrumento principal, o sax tenor. Apesar de Joshua adorar a música, tornar-se um músico profissional não era sua prioridade. No entanto, em 1991, após se formar em Ciências Sociais pela Faculdade de Harvard, resolveu tirar um ano sabático em Nova York para se dedicar exclusivamente à música. Em pouco tempo se viu totalmente imerso na cena de jazz nova-iorquina, apresentando-se com alguns dos mais importantes músicos de sua geração: Peter Bernstein, Larry Goldings, Kevin Hays, Roy Hargrove, Geoff Keezer, Leon Parker, Jorge Rossy e Mark Turner, entre outros. Cinco meses após a mudança, sua decisão se mostrou acertada quando venceu o conceituado concurso Thelonious Monk International Saxophone Competition. Logo estava gravando e excursionando com grandes mestres do jazz, como o seu pai, Jack DeJohnette, Charlie Haden, Elvin Jones, Joe Lovano, Pat Metheny, Paul Motian e Clark Terry. De lá pra cá, lançou mais de dez discos solo, incluindo Momentum e Back East, indicados ao Grammy de 2005 e 2007, respectivamente, e tocou com artistas do calibre de Chick Corea, Brad Mehldau, Brian Blade, Dave Brubeck, Herbie Hancock, The Dave Matthews Band, B.B. King, Yo Yo Ma, Branford Marsalis, Christian McBride, John Medeski, The Rolling Stones, John Scofield, McCoy Tyner e Stevie Wonder, entre outros.

    Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz
    Atribuindo à ancestral música baiana uma roupagem harmônica moderna, o maestro, compositor, arranjador e saxofonista Letieres Leite criou a Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz (com K, como no original grego). O grupo de percussão e sopro tem suas composições e arranjos concebidos a partir das claves e desenhos rítmicos do universo percussivo baiano. Com as composições inspiradas na cultura rítmica do centro de Salvador, nos toques de orixás da música sacra afro-baiana, em grandes agremiações percussivas, como o Ilê Aiyê, Olodum e em sambas do Recôncavo, a banda apresenta sensibilidade rítmica e influência jazzística, em formato de big band. A Orkestra, formada por cinco percussionistas e 15 músicos de sopro, tem em seu nome a representatividade dos três atabaques do candomblé: o Rum, o Rumpi e o Lé, acrescido do ZZ, de Jazz. Com duas indicações ao Prêmio da Música Brasileira, nas categorias Revelação e Melhor Grupo, a Rumpilezz já recebeu no palco grandes nomes da música nacional e internacional, como Ed Motta, Armandinho Macêdo, Toninho Horta, Stanley Jordan, Retrofoguetes e Max de Castro.

    Marcus Miller - Tutu Revisited
    Um músico versátil e requisitado como Marcus Miller costuma estar envolvido em diversos projetos ao mesmo tempo. Atualmente, o multi-instrumentista – primariamente baixista – divide-se entre a composição de trilhas sonoras, gravações no estúdio e o celebrado projeto Tutu Revisited, criado originalmente como uma apresentação única para fechar a mostra We Want Miles, em Paris, em 2009. Miller foi um personagem importante na história de Miles Davis ao produzir e compor a maioria das músicas – além de tocar diversos instrumentos – do seminal Tutu (1986), disco que venceu o Grammy e tornou-se um marco da última fase da carreira do trompetista. A faixa-título, composta em homenagem ao bispo sul-africano Desmond Tutu, vem a ser um dos últimos clássicos do jazz, regravada por nomes importantes da música, como Al Jarreau & George Benson, The Manhattan Transfer, Cassandra Wilson e S.M.V. (Stanley Clarke, Miller and Victor Wooten). No entanto, até agora ninguém havia feito uma releitura das outras músicas do disco, onde a beleza crua do trompete de Davis soa entre um mar de sintetizadores, baterias eletrônicas e teclados (todos tocados por Miller). Quando foi convidado a fazer o show em tributo ao disco, o músico hesitou porque, segundo suas palavras, “uma coisa universalmente compreendida sobre Miles Davis é que ele nunca olhou para trás”. Por outro lado, sentiu-se instigado a homenagear o trompetista e começou a se perguntar como poderia apresentar aquela música de forma revigorada. Compreendeu que a melhor solução seria convidar músicos jovens para acompanhá-lo. No time formado por Miller, o camisa dez é o trompetista sensação Sean Jones, de 32 anos, que tem cinco discos na bagagem e a autoconfiança necessária para assumir no projeto o lugar de Davis. Para a bateria, convocou Louis Cato, de apenas 23 anos, que tocou com Norah Jones, Roy Hargrove e Bilal, entre outros. Frederico Gonzalez Pena, um músico de técnica apurada que fez parte da banda de Me’Shell NdegéOcello, assumiu os teclados e Alex Han, um promissor instrumentista de 22 anos, descoberto por Miller, o sax alto. Dono de dois prêmios Grammy e com nove discos lançados (seis de estúdio e três ao vivo) em sua carreira solo, Marcus Miller é um músico de técnica singular e está entre os mais talentosos e inovadores baixistas do mundo. Seu nome aparece nos créditos de trilha sonora de diversos filmes e nos encartes de mais de 500 discos, dos mais variados estilos: rock (Eric Clapton e Donald Fagen), jazz (George Benson, Dizzy Gillespie, Joe Sample, Wayne Shorter e Grover Washington, Jr.), pop (Roberta Flack, Paul Simon e Mariah Carey), R&B (Aretha Franklin and Chaka Khan), hip hop (Jay-Z e Snoop Dogg), blues (Z.Z. Hill), new wave (Billy Idol), smooth jazz (Al Jarreau e Michael Franks) e ópera (colaborações com Kenn Hicks e Kathleen Battle).

    Renaud Garcia-Fons
    Talvez o mais impressionante contrabaixista do mundo, Renaud Garcia-Fons tem como marcas registradas a virtuosidade arrebatadora, o senso melódico mediterrânico e o som singular que tira com o arco. Estudante particular do lendário baixista sírio François Rabatth, Garcia-Fons não é apenas influenciado pela música clássica e o jazz, mas também pela música flamenca, celta, andaluza, africana, latino-americana, arábica e índica. Inovador ao adicionar uma quinta corda ao contrabaixo, sua criatividade única também resultou em inúmeras parcerias bem-sucedidas com nomes celebrados do jazz americano e europeu, como Rabih Abou-Khalil, Michael Riessler, Dhafer Youssef, Nguyên Lê, Gérard Marais, Pedro Soler, Cheb Mami e Michel Godard. Nascido nos arredores de Paris, em 1962, de uma família de origem catalã, começou a aprender o piano aos cinco anos de idade, mudou para o violão clássico aos oito e somente optou pelo contrabaixo aos 16. No início dos anos 80, se inscreveu no Conservatório de la Ville, em Paris, onde estudou com Jean-Pierre Logerrot e, de 1987 a 1993, fez parte da orquestra francesa L’Orchestre de Contrebasses, composta apenas por contrabaixos, antes de iniciar sua jornada solo. Em janeiro de 2011, Garcia-Fons lançou o décimo álbum de sua discografia, Mediteranées, onde, inspirado por suas raízes espanholas e italianas, explora os sons e a música do Mediterrâneo.

    Sharon Jones & The Dap-Kings
    Há dez anos na estrada, Sharon Jones & The Dap-Kings lançou em abril de 2010 seu quarto disco, I Learned the Hard Way, que chegou ao 15º lugar da parada Top 200 da Billboard americana e já superou a marca de 150 mil cópias vendidas. Os primeiros trabalhos, ‘Dap Dippin’ with Sharon Jones and the Dap-Kings (2002) e Naturally (2005), receberam atenção imediata de entusiastas, DJs e colecionadores, mas o álbum que elevou o grupo a outro patamar foi o celebrado 100 Days, 100 Nights (2007), que vendeu mais de 100 mil exemplares. Dona de uma voz poderosa, a ex-carcereira Sharon Jones foi descoberta somente em 1996, aos 42 anos de idade, durante uma gravação em que fazia vocais de apoio para o veterano do funk Lee Fields. Um de seus descobridores, o produtor e baixista Gabriel “Bosco Mann” Roth, depois de produzir diversas faixas-solo da cantora, fundou alguns anos mais tarde o selo Daptone Records e, em seguida, a banda que passaria a acompanhá-la, o Dap-Kings. Composto por nove músicos, o conjunto ganhou reconhecimento mundial ao gravar seis das onze faixas de Back to Black, disco de maior sucesso de Amy Winehouse, que os convidou para tocar em sua turnê norte-americana, em 2007. A devoção de Sharon Jones & The Dap-Kings ao soul e o funk dos anos 1960 e 1970 fica evidente na sonoridade clássica apresentada pelo grupo, que resgata com propriedade, através de canções originais, a era de ouro da música produzida pelos lendários selos Motown e Stax. Uma boa parte deste resultado se deve ao fato de a banda evitar ao máximo o uso da tecnologia digital em favor de métodos de gravação analógicos.

    Tord Gustavsen Trio
    O pianista norueguês Tord Gustavsen já era um artista importante na cena de jazz de seu país antes de iniciar sua carreira solo e ganhar reconhecimento mundial pela sua contribuição ao gênero, como instrumentista e compositor. Com quatro discos lançados, Changing Places (2003), The Ground (2005), Being There (2007) e Restored, Returned (2009), pelo qual venceu o Grammy norueguês, o Tord Gustavsen Trio já rodou o mundo com a sua música, que combina elementos do folk escandinavo, sons do Caribe, blues e cool jazz. Sua forma de colocar o jazz para conversar com temas reflexivos nórdicos traz à tona um som intrigante no cenário musical contemporâneo. Seu trio é formado pelo baterista Jarle Vespestad e o contrabaixista Mats Eileirtsen, dois dos mais requisitados músicos de jazz da Escandinávia, ambos envolvidos em diversos projetos paralelos. Formado em psicologia, Gustavsen tem mestrado em musicologia pela Universidade de Oslo e sua principal área de interesse é a psicologia e fenomenologia da improvisação.

    Wayne Shorter
    Reconhecido como um dos mais importantes saxofonistas e compositores da história do jazz e da música moderna, o americano Wayne Shorter ganhou nove dos 13 Grammy a que foi indicado. Hoje, ele continua a impressionar o público com o seu quarteto e com o seu projeto sinfônico, criando algumas das músicas mais poderosas de sua prolífica carreira. Shorter se envolveu definitivamente com a música aos 15 anos de idade, quando começou a tocar o clarinete. Aos 17, migrou para o sax tenor e rapidamente começou a chamar atenção em Manhattan, cidade vizinha a Newark, onde nasceu e foi criado. Em 1959, aos 27 anos, passou a integrar o Art Blakey’s Jazz Messengers e, pelos seus dotes de compositor, foi promovido rapidamente ao cargo de diretor musical do grupo. Quando Shorter se juntou à banda de Miles Davis, em 1964, suas músicas foram essenciais na definição da sonoridade daquele quinteto clássico, que incluía ainda Herbie Hancock, Ron Carter e Tony Williams. Mesmo enquanto gravava com maestria o seu projeto solo, pelo selo Blue Note, ele continuou a trabalhar com Davis. Quando acompanhou o trompetista em suas incursões pelo jazz elétrico, adotou o sax soprano como segundo instrumento. Nas palavras de Davis, “Wayne é um compositor de verdade. Ele sabe que a liberdade na música é conhecer as regras para depois entortá-las ao seu próprio gosto e satisfação”. Shorter fundou em 1970, com o tecladista Joe Zawinul, o grupo Weather Report, onde realizou trabalhos bem-sucedidos artística e comercialmente, como o disco de ouro Heavy Weather, de 1977. Nos anos 80 e 90, o saxofonista trabalhou em diversas trilhas sonoras e emprestou o seu talento à música pop de Milton Nascimento, Streely Dan, Joni Mitchell e Carlos Santana, entre outros. Em 2001, começou a excursionar com um elenco novato, composto pelo pianista Danilo Perez, o baixista John Patitucci e o baterista Terri Lyne Carrington, todos artistas celebrados e líderes de suas próprias bandas. Com eles, levou dois prêmios Grammy pelos discos Alegria (2003) e Beyond the Sound Barrier (2005). Em 2007, Shorter foi aclamado mais uma vez ao revelar o seu novo repertório sinfônico, que incluía releituras e material novo, apresentando-se com algumas das melhores orquestras do mundo, como a Filarmônica de Los Angeles e a Orquestra Real do Concertgebouw.

    Zion Harmonizers
    Mais antigo grupo vocal gospel em atividade nos EUA, o Zion Harmonizers foi criado em Nova Orleans, em 1939, pelo Dr. Benjamin Maxon. Diretor do conjunto até 1941, quando foi nomeado pastor da Igreja Batista St. Thomas, Maxon deu lugar a Sherman Washington, que permaneceu à frente do conjunto durante 68 anos e depois seguiu como presidente emérito até o seu falecimento, em março de 2011. Inicialmente composto apenas por um coro de vozes masculino, o Zion Harmonizers ganhou, com o tempo, instrumentação. Hoje comandada pelo vocalista tenor Brazella Briscoe – o mais antigo da atual formação, membro há 25 anos –, a banda conta com William Briscoe (baixo), Franklin D. Smith (vocal barítono), Marion Chambers (vocal tenor), Benjamin François (vocal tenor), Charles Harris (vocal baixo), Leo Williams (guitarra), Charles Fisher (guitarra), Marvin Smith (bateria e percussão), Joseph Warrick (teclado e vocais) e Rachel Van Vorhees (teclado e harpa). Um dos principais representantes da velha escola do gospel americano, o grupo já participou dos mais importantes festivais de jazz nos EUA e excursionou 22 vezes pela Europa.

    SERVIÇO:

    Programação:

    Sexta-feira, 10 de junho, a partir das 21h
    Billy Harper Quintet
    Joshua Redman Trio
    Wayne Shorter Quartet

    Sábado, 11 de junho, a partir das 21h
    Zion Harmonizers
    Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz
    Sharon Jones & The Dap-Kings

    Domingo, 12 de junho, a partir das 21h
    Tord Gustavsen Trio
    Renaud Garcia-Fons
    Marcus Miller - Tutu Revisited

    Espetáculos no parque e na platéia externa do Auditório Ibirapuera – Entrada Franca:

    Domingo, 12 de junho
    10h – Funk Off Brass Band Parade
    17h30m - Sharon Jones & The Dap-Kings
    19h – Cinema ao ar livre BMW: apresentação do filme ‘Jazz on a Summer’s Day’
    Filme de Bert Stern, com co-direção de Aram Avakian
    Duração: 84min
    Ano de lançamento: 1960

    Ingressos:
    R$ 100,00 (inteira) e R$ 50 (meia)
    Ingressos a preços populares, setores posteriores (fileira M a P) – R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia), vendidos somente na bilheteria do Auditório.

    Vendas pela internet ou por telefone:
    Tickets for Fun: www.ticketsforfun.com.br / (11) 4003-5588

     

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