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Setor de bares pressiona governo de SP por isenção de ICMS nas gorjetas

Setor de bares pressiona governo de SP por isenção de ICMS nas gorjetas

Federação cobra fim da tributação sobre gratificação de garçons

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A cobrança de ICMS sobre gorjetas voltou ao centro do debate em São Paulo. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) enviou um ofício ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao secretário da Fazenda e Planejamento, Samuel Kinoshita, pedindo o fim da tributação. O documento foi protocolado na última sexta-feira (12) e busca reverter a intensificação das autuações fiscais contra estabelecimentos do setor.

A possibilidade de cobrança do imposto sobre gorjetas acima de 10% já existe desde 2020, mas empresários afirmam que a fiscalização se tornou mais rígida nos últimos meses. Em paralelo, a Fhoresp também articula levar o caso ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne representantes das Secretarias da Fazenda de todos os estados brasileiros, como forma de buscar uma regulamentação nacional sobre o tema.

Segundo Édson Pinto, diretor-executivo da entidade, a medida fere o caráter da gorjeta, que deve ser entendida como uma contribuição espontânea do cliente. “O dinheiro da gorjeta deveria ser livre de qualquer cobrança. Afinal, ele é facultativo ao cliente, que, por livre escolha, paga a gratificação e, assim, contribui para uma renda a mais para os funcionários dos estabelecimentos. Estamos chamando a atenção do governador nesta questão, imaginando que ele será sensível à pauta e fará revisão desta taxação absurda. Isso não pode prosperar”, afirmou.

A mudança no pagamento das gorjetas foi estabelecida em 2017, com a Lei Federal 13.419, que determinou o registro do valor em holerite para recolhimento de contribuições previdenciárias e impostos sobre a folha, mas não vinculou a prática ao ICMS. Em São Paulo, o Decreto 58.375/2012 prevê a isenção até 10% da conta, mas cobra 4% sobre valores que ultrapassem esse limite. Para o advogado tributarista Luís Garcia, sócio da Tax Group, a intensificação da fiscalização tem como pano de fundo a necessidade do Estado em reforçar a arrecadação. “A intensificação da fiscalização e a formalização das gorjetas podem ser motivadas por uma busca maior do governo em aumentar a arrecadação, além de garantir que as regras sejam seguidas de forma mais rigorosa”, destacou.

A Secretaria da Fazenda e Planejamento confirmou ter recebido o ofício da Fhoresp e afirmou que analisará o pedido. O órgão ressaltou que não houve mudanças recentes nas regras. Desde 2012, estabelecimentos podem optar pelo regime especial, que fixa a tributação em 4% do faturamento e limita a exclusão das gorjetas até 10%. Fora desse regime, a alíquota modal do ICMS no estado é de 18%. Há ainda a possibilidade de adesão ao Simples Nacional, cujas normas são definidas pelo governo federal.

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