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Kiko Dinucci volta à cena musical paulistana com show no Sesc Vila Mariana

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O CD Pastiche Nagô (lançado pelo selo paulistano DESMONTA em parceria com o selo norte-americano ONE CELL RECORDS) - www.myspace.com/afromacarronico)- , foi produzido por André Magalhães e conta com canções do próprio Kiko e do compositor paulista Douglas Germano e traz para o público uma sonoridade inusitada e surpreendente.

Sem dúvida, o trabalho de Kiko está ligado à linhagem da música popular, mas passa longe da MPB, como explica o artista. “Minha música tem características ligadas à cultura negra ancestral brasileira, mas com roupagem contemporânea e urbana, que dialoga com o público jovem que consome música independente com fortes características autorais”.
O espírito inquieto está presente em todos os trabalhos desse paulista, de 32 anos, incompletos, nascido em Guarulhos que já gravou 3 CDs (Pastiche Nagô, Padê e Retrato de um artista quando pede).

Kiko busca inspiração para suas composições nas mais diversas fontes. A parte literária do trabalho de Kiko Dinucci é muito influenciada pelo cancioneiro paulista e paulistano, percorrendo desde o samba paulista (Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme) ao movimento da vanguarda paulistana (Itamar Assumpção e Premê). Mas por quê? Quem responde é o próprio Kiko: “Todos esses compositores desenvolveram uma poesia mais ligada à prosa e à crônica, canção que conta história, ao contrário da música carioca que desenvolveu uma poética mais metafórica (“Barquinho”, “Garota de Ipanema” etc.). Há alguns autores/escritores que dialogam com esse universo, são eles Alcântara Machado (Brás, Bexiga e Barra Funda), João Antônio (Perus, Malagueta e Bacanaço) e alguns dramaturgos como Gianfrancesco Guarnieri e Plínio Marcos. As minhas letras (em um sentido geral da minha obra, não apenas no Afro) carrega um humor, que muitas vezes vem carregado de sarcasmo e irreverência, elementos trágicos e tragicômicos.”

Na sonoridade e estética os elementos também aparecem de forma inusitada, em primeiro lugar aparece o estilo pessoal pautado pelo jeito de tocar violão, ou antiviolão, às vezes da função de baixo ao instrumento. “Procuro tocar de um jeito diferente, imitando linhas de baixo (groove). A estética segue a linhagem desenvolvida por Tom Jobim, na qual os arranjos se tornam indispensáveis à canção. Já em outros momentos, a sonoridade do meu violão é pautada em compositores violonistas que desenvolveram um jeito peculiaridade pessoal de tocar e se acompanhar, músicos como Baden Powell, João Bosco, Gilberto Gil e Jards Macalé.

Outro ponto forte das músicas de Kiko é a sonoridade seguir o mesmo percurso das letras, com ligação estreita com a música de São Paulo – principalmente a vanguarda paulistana, de Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé, Premê, entre outros - . Mesmo quando ouvimos um candomblé pudemos identificar a identidade paulistana e urbana presentes no show do dia 17, no Vila Mariana.


CD Pastiche Nagô

No show que será apresentado no SESC se pode ter uma idéia do resultado obtido por Kiko ao realizar pontes entre o maxixe, música caribenha (cumbia e música cubana em geral), música africana (semba angolano, caboverdeana e pop africano em geral, Afrobeat (estilo difundido na Nigéria por Fela Kuti), música brasileira de influência africana (jongo, batuque de umbigada, samba rural ou de bumbo, carimbó), candomblés e os afrosambas de Baden Powell, samba paulista (Adoniran, Vanzolini e Geraldo Filme), Vanguarda paulistana (Itamar Assumpção, Premê). Mas vale também destacar a influência de certos “enfant terrrible” da música brasileira, como os compositores Jards Macalé, Itamar Assumpção, Tom Zé e Nelson Cavaquinho.
Um dos pontos altos do CD e presente no show são as músicas “Engasga Gato”, “Rainha das Cabeças” e “Santa Bambas”, todas do CD Pastiche Nagô.


Kiko Dinucci e grupo Bando Afrômacarrônico

Kiko Dinucci nasceu em São Paulo em 1977. Como compositor trabalha diretamente com a musicalidade paulista e paulistana influenciado por compositores como Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini, Geraldo Filme, Raul Torres e compositores contemporâneos como Itamar Assumpção, Luiz Tatit, Wandi Doratiotto, entre outros. Seu cancioneiro é composto de Sambas, Lundus, Jongos, Batuques, Fox Trots, Cumbias, Rumbas, Boleros, Emboladas, Jazz, Macumbas e Modas de Viola.

Trabalha atualmente com o Bando AfroMacarrônico composto de um repertório de músicas de sua autoria e com o qual acaba de lançar no Brasil e no exterior o CD Pastiche Nagô é formado por:

Kiko Dinucci – voz e violão
Douglas Germano – voz e cavaquinho
Rafael y Castro – bateria e percussão
Julio César – Percussão
Dulce Monteiro – voz
Railídia – voz

Gravou o CD Padê em parceria com a cantora Juçara Marçal, projeto contemplado pelo Prêmio Ney Mesquita da Cooperativa de Música de São Paulo. (www.myspace.com/jucaramarcal)

Como artista plástico desenvolve trabalhos de gravuras, desenhos e pinturas e seu trabalho tem como tema o samba e as diversas expressões da cultura popular e afro-brasileira. Ilustrou o livro Salmos de Itaquera de Fabiano Ramos Torres. (www.kikodinucci.multiply.com).

Escreve roteiros para HQs e trabalha com desenhistas como Marcelo D'salete. Prepara atualmente um livro de quadrinhos chamado Cabeça de Homem.

Atualmente, montou com o parceiro Douglas Germano o projeto Duo Moviola, com o qual lançaram o CD O Retrato do Artista Quando Pede (gravadora DESMONTA). (www.myspace.com/duomoviola)

Realizou o vídeo documentário Dança das Cabaças - Exu no Brasil, onde fez uma investigação poética sobre a divindade africana Exu no imaginário brasileiro, projeto contemplado pelo FunCultura de Guarulhos-(www.dancadascabacas.blogspot.com)


SERVIÇO
Dia 17/02/2009. Terça, às 21h
R$ 16,00 (inteira); R$ 8,00 (usuário inscrito no SESC e dependentes, + 60 anos, estudante com carteirinha e professor da rede pública); R$ 4,00 (trabalhador no comércio de bens e serviços matriculado no SESC e dependente)
Teatro (608 lugares)
Duração: 90 minutos
Ingressos à venda em todas as unidades do SESC
Acesso a portadores de deficiências
Não recomendado para menores de 12 anos
Estacionamento: a partir de R$ 5,00

SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
0800 11 8220
SESC - INFORMAÇÕES À IMPRENSA 5080-3044

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