Sagração da Primavera retorna ao Theatro Muncipal com novo conceito

O espetáculo que marcou cinquentenário do Balé da Cidade de São Paulo retorna em 2019. O Theatro Municipal recebe a Sagração da Primavera, com oito apresentações, a partir do dia 4 de abril. Diferente da produção original, a apresentação realiza uma reflexão atual das questões ambientais. Em todo o espetáculo, pétalas de rosas cairão, de acordo com intesidade que a Sagração se desenvolve.

 

"A beleza que se introduz com uma suave chuva de pétalas, dá lugar a uma tempestade, num delírio incessante e incontrolável. Os bailarinos passam a ter muita dificuldade para dançar e o que era bonito, vira uma tortura. Funciona como uma metáfora e uma forma de alarme ao desequilíbrio das condições ambientais", diz Ismael Ivo, diretor artístico da companhia. Ao todo, são 650 mil pétalas artificiais revestidas de veludo que caem.

 

Durante o espetáculo, os bailarinos realizam uma coreografia que remete ao primitivo, mas ao mesmo tempo sensual, embalados pela música intensa e tribal de Igor Stravinsky. "Tivemos o Gustav Mahler que usou uma orquestração enorme, mas o Igor Stravinsky levou isso a uma outra dimensão, porque além da quantidade de músicos, tem a variedade de instrumentos que utiliza, como as tubas wagnerianas. Isso porque ele quis criar uma sonoridade ultra-agressiva, que soasse moderna, inovadora, jamais ouvida antes para fazer referência a um sacrífico", diz o maestro Roberto Minczuk. 

 

Os ingressos estão disponíveis no site eventim ou na bilheteria do local.