
Casas Noturnas de São Paulo investem no público de classe alta
Público mais endinheirado é alvo das casas noturnas da capital
Nos últimos meses, as casas noturnas da capital resolveram inovar e aumentar a disputa com outras casas pelo público mais endinheirado. Os estabelecimentos estão em busca de pessoas que estão dispostas a gastar uma grande quantia na noite e abusar das regalias que a casa oferece.
Algumas casas também buscam contratar grandes artistas para atrair um público maior ou até mesmo abrir no mesmo dia do concorrente para disputar a clientela, como o sertanejo do Villa Mix e o eletrônico da Ballroom (foto), que agota tem como concorrente as noites de hip hop e funk. Nomes como Anitta, Naldo Benny, Kanye West, Jay-Z e Beyoncé dominam as pick-ups às terças no clube Royal; às quartas na Petit Club e, às quintas, na Pink Elephant. Nas mesas, garrafas de vodka ou uísque com energético de até mil reais, que são abastecidos constantemente pelos atendentes que correm para atender as exigências e excentricidades do público.
Na região dos Jardins, onde a Petit Club está localizada, o silêncio da madrugada é quebrado quando estaciona uma limusine com sete garotas, todas na faixa dos 20 anos, em frente a casa noturna. O carro é um serviço exclusivo para mulheres, normalmente aniversariantes, que são negociadas com o promoter e custam em média mil reais. A balada que começa a ter movimento por volta da 1h da manhã, é frequentado por meninas bem produzidas, com vestidos curtos e saltos bem alto, que dançam os hits da moda em rodinhas com as amigas, enquanto os rapazes consomem baldes de vodka ou uísque com energéticos.
Pioneira entre os clubes de luxo, a filial da norte-americana Pink Elephant, que estava fechada desde 2011, voltou a funcionar em abril, com entrada restrita a um público de classe média alta que pode pagar entre 200 a 470 reais (homens) e 100 a 200 reais (mulheres). A casa ainda barra os frequentadores que não estiverem bem vestido, usando sneaker ou boné por exemplo. Para ocupar um dos camarotes da casa, é preciso fazer pré-reserva e pagar uma porcentagem adiantada (valores que variam de 4 a 20 mil reais), que de acordo com clientes o valor gasto vale realmente a pena, por ser dividido entre os amigos, ter consumação e uma atendente exclusiva responsável por deixar a temperatura da champagne no ponto e nunca deixar a mesa desabastecida.
Já a Club Royal investe nas terças-feiras de hip hop e artistas como Anitta e Baldo Benny, levando o funk carioca para os paulistas. Mulheres de vestidos , saltos e acessórios se jogam na pista de dança sempre com um copo na mão. A casa também oferece opções como os camarotes (a partir de R$ 2.500,00 para 10 pessoas), e as mesas que basta comprar o bowl de uísque ou vodka e desembolsar R$ 480,00 por garrafa.











