Rendando Histórias celebra a memória da renda renascença

O Museu A CASA do Objeto Brasileiro recebe, até 11 de janeiro de 2026, a exposição “Rendando Histórias”, que lança luz sobre a trajetória de quase 20 anos do coletivo Rendeiras da Aldeia. Formado por mães e mulheres de Carapicuíba (SP), o grupo se dedica desde 2006 à preservação, produção e difusão da renda renascença, um dos ofícios artesanais mais emblemáticos da cultura brasileira.

A mostra apresenta o trabalho das rendeiras como prática viva de memória e identidade. Trazida principalmente dos estados de Pernambuco e Paraíba, a técnica da renda renascença atravessa gerações e ganha novos significados ao ser exercida coletivamente em São Paulo, conectando saberes tradicionais nordestinos ao contexto urbano contemporâneo.

Mais do que exibir peças artesanais, “Rendando Histórias” evidencia os encontros, as trocas e as narrativas que se entrelaçam em cada ponto. O processo de criação coletiva revela o artesanato como espaço de pertencimento, resistência cultural e autonomia feminina, onde o fazer manual se transforma em instrumento de preservação da memória e de fortalecimento comunitário.

Ao longo da exposição, o público é convidado a observar de perto a delicadeza e a complexidade da renda renascença, compreendendo sua importância histórica e simbólica. A iniciativa reforça o papel do museu como espaço de valorização dos saberes populares e do trabalho artesanal brasileiro, destacando o protagonismo feminino na transmissão dessas tradições.

Com entrada gratuita, a mostra amplia o acesso à cultura e oferece um olhar sensível sobre o artesanato como expressão social, afetiva e política, reafirmando a relevância dessas histórias rendadas à mão no cenário cultural contemporâneo.

Serviço:
Exposição “Rendando Histórias”
Local: Museu A CASA do Objeto Brasileiro
Endereço: Av. Pedroso de Morais, 1216 — Pinheiros — São Paulo (SP)
Período: de 15 de novembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026
Horário: de quarta a domingo, das 10h às 18h
Entrada: Gratuita

Editado por Ana Carolina Correia de Santana às 17/12/2025