• Espaço Bela Cintra
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    Espaço Bela Cintra
    Rua Bela Cintra,954 - Consolação, São Paulo - SP - 01415002

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    Por 99 anos, o casarão da rua Bela Cintra, 954, que antigamente era rua Bella Cintra, 226, foi o lar de quatro gerações da mesma família. Em 2011 com o passamento da última moradora, Marília, pela primeira vez, desde que construída, deixou de ser o lar da família.

    Os herdeiros resolveram preservar o casarão, patrimônio da história paulistana, dando-lhe uma nova vida, em vez de dar espaço a mais um arranha céu na região da Paulista, como tem sido a regra. Hoje, o sólido casarão, totalmente restaurado, renovado e equipado é um espaço maravilhoso para acolher sua reunião, treinamento, apresentação de um novo produto ou fazer seu evento corporativo. Graças à arquitetura da época, dispõe de sala exclusiva, própria para contatos com candidatos ou clientes de nome ou assunto que você queira tratar fora de seu escritório.

    O próprio jardim foi restaurado com espécies queridinhas das sinhás à época da construção do casarão, em 1914, inclusive pés de café. Como contraponto moderno foi instalado o jardim vertical de bromélias.

    Aliando um patrimônio histórico, instalações confortáveis e equipamentos do século XXI a um excelente serviço, nossa missão é ser o espaço de sonho para a realização de seus eventos.

    Em 1913, Alfredo José Teixeira, médico baiano, avô de Marília, compra o terreno. No terreno já crescia a jabuticabeira que até hoje dá frutos no fundo do jardim. Comprou na Bela Cintra e não na recém-aberta Avenida Paulista, porque a casa seria modesta e não a queria ao lado dos palacetes dos barões do café ou dos Matarazzo. A casa foi construída por sua sogra – Antônia Funck de Lócio e Silva e inaugurada em 6 de junho de 1914, dia de aniversário de 33 anos de sua jovem esposa Anna Osório Teixeira, filha única de Antônia Funck. 99 anos depois do nascimento de Anna, nasceria Júlia, sua bisneta, em 3 de junho.

    Antonia, que dirigia a casa, era filha de Luiz Bernard Frederick Funck, pedreiro de profissão, emigrado de Schwerin – Alemanha, entre 1857 e 1859. Conta a lenda que teria vindo atendendo a um pedido do Imperador D. Pedro II, e seu pai Dom João VI, que já em 1820 mostrara interesse de receber “indivíduos alemães e de outros países”. Acabou com os costados em Bragança Paulista, que na época ainda era só Bragança, onde segundo consta, construiu a primeira casa de tijolos. Em Bragança casou-se com a Guilhermina, com quem teve vários filhos, entre os quais a tataravó Antônia, que por casamento passou a se chamar Antônia Funck de Lócio e Silva.

    Vieram morar na casa Antonia, já viúva, o casal Anna e Alfredo e suas três filhas Maria, Ida e Alice. Em 21 de agosto de 1915, nasceu, na Bela Cintra, sua quarta filha, Clarice Osório Teixeira, que viria a ser uma pessoa extraordinária. Viveu toda a sua vida na Bela Cintra, até seus 94 anos, em 2009. Foi graças a Clarice que resistiu por décadas ao assédio das incorporadoras que queriam o valioso terreno, graças à sua firmeza e determinação “quero morrer na casa em que nasci” é que podemos desfrutar desse espaço quase mágico, se pensarmos que estamos em local tão central, adensado e agitado. Não há uma pessoa que entre e não fique maravilhada com a beleza e conforto do casarão e o encanto do jardim dos fundos. À firmeza e determinação, Clarice aliava generosidade, amorosidade e ao mesmo tempo discernimento e retidão que a fizeram uma pessoa queridíssima por todos: das centenas de ex-alunas, algumas a visitaram a vida toda e chegavam a levar os netos para apresentar à “tia Cinha”. Era imediatamente adotada como Tia Cinha pelos frequentadores mais jovens da casa. Seus sobrinhos netos, Leonard e Júlia, a chamavam de mãe Cinha. Espontaneamente, de pequeninos!

    A vinda para São Paulo, entre outras coisas visava ao estudo das filhas. Essa meta foi plenamente realizada e as quatro filhas do casal (Anna e Alfredo) estudaram na Escola Normal da Praça da República, o Caetano de Campos, que hoje abriga a Secretaria de Educação do Estado. Todas se formaram Professoras e as solteiras trabalharam até se aposentar. As quatro filhas lecionaram no colégio da elite paulistana, à época, o Externato Elvira Brandão, e Maria chegou a ser diretora da instituição.

    Além das filhas, a tataravó Antonia trouxe para São Paulo, para estudarem, quatro sobrinhas – Adair e Mariinha, órfãs de mãe, Elza e Clarice. Mariinha, que também foi professora do Elvira Brandão, tinha respostas prontas e afiadas. Uma ocasião mandou chamar a rica mãe de um aluno com comportamento inadequado e mau desempenho escolar. Ao esclarecer a mãe, esta espantada exclamou: – mas ele é uma joia em casa. Pois, tranque-o no cofre, respondeu Mariinha prontamente. Direitos e deveres das crianças eram muito claros naquela época.

    A casa era basicamente sustentada com a venda do café do sítio Bom Retiro, herança da tataravó Antônia. Mas em 1928 num ato de coragem, melhor dizendo, até de visão, ela vende o sítio. Com parte do dinheiro faz uma grande reforma na casa, acrescentando dois terraços atrás e um na frente, além de uma nova entrada coberta. A casa ganha uma nova pintura feita por artesãos, nunca mais refeita, enquanto a casa foi uma residência particular. Além da pintura, há uma faixa decorativa, preservada até hoje, em parte das salas. Em 1929 vem a bancarrota do café.

    Os móveis foram feitos no sítio de Bragança, com madeiras de lá mesmo. Feitos para durar. Até hoje as cadeiras e as  poltronas tem as pernas firmes, não balançam. A sala Alfredo é equipada com esses móveis.

    A casa na época contava com 8 mulheres, até 1930 quando morre Antônia. A bisavó Anna já viúva desde 1923, assume a casa. Era um matriarcado.

     

    Lauro Monteiro da Cruz, o Vô Lauro

    Em 1932 Ida se casa com Lauro Monteiro da Cruz, recém-formado em Medicina pela USP.  Um ou dois anos depois, junto com outros médicos, funda a Escola paulista de Medicina e passa a dar o curso de Física Médica, até 1950, quando eleito Deputado Federal, muda-se para o Rio de Janeiro. Até então, o casal fica morando na Bela Cintra onde nascem os filhos Paulo e Marília, em 1934 e 1937.

     

    Paulo Teixeira da Cruz, em 1935

    Marília, solteira se forma em Física na USP e logo em seguida fica por lá como professora e cientista até se aposentar. Como sua tia Clarice, viveu a vida toda na Bela Cintra. Paulo Teixeira da Cruz forma-se em engenharia civil e viria a desempenhar um importante papel como professor, pesquisador e engenheiro projetista e consultor de barragens hidrelétricas construídas por todo o território nacional.

     
    Telefone: (011) 3256-3118
    E-mail:
    Site:
    http://espacobelacintra.com/

    Última atualização realizada em 12/07/2017 19:00:00
    Contato, preços e horários podem ser alterados pelos estabelecimentos sem aviso prévio. Verifique antes de sair!

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